20 janeiro 2013

Mumbai de rua

Mas Mumbai não é só os edifícios coloniais, mesmo quando a visita fica limitada ao centro da cidade. Mumbai é, como qualquer outra cidade indiana, um melting pot de cheiros, cores e sabores.
É os sabores das comidas e bebidas de rua, desde a água de cana de açúcar ao chá de gengibre a ferver. Passando pelo panipuri, tradução literal "pão com água", um pequeno pão frito cujo recheio pode ir desde o simples caldo de água aos cremes de batata e grão-de-bico, temperados com pimenta e toda a sorte de especiarias; e pelo viciante  kulfi, uma espécie de gelado de leite, com sabores que vão do caju ao pistácio, do cardamomo ao açafrão.
É as cores das bancas que vendem de tudo, desde frutas de todas as cores e feitios, a leques feitos de caudas de pavão. Dos saris a secar nas varandas, que nos fazem andar de cabeça no ar o tempo todo. Dos táxis, modelos antigos a fazer lembrar Cuba, mas principalmente dos autocarros e camiões. Das carroças de metal engalanadas para os passeios domingueiros das famílias de classe média com aspirações (segundo me explicaram, quando o meu queixo caiu a ver passar uma...).
É os cheiros, indefinidos mas intensos. Das comidas e bebidas de rua, dos escapes de todo o tipo de viaturas, das pessoas e animais, do lixo. Embora o lixo, omnipresente nas cidades indianas, não se sinta tanto em Mumbai (ou nas zonas de Mumbai por onde andei...).
E foi, sobretudo, para mim, a oportunidade de ver a Mumbai indiana, ao ficar e fazer refeições em casas indianas. Estar numa festa de véspera de casamento, em que se juntam família e amigos para comer e dançar, ou almoçar em casa de um colega cujos pais são hindus praticantes e ouvir a explicação de como funciona o altar e as rezas e oferendas aos deuses, foram experiências únicas. Das coisas boas que o MBA me deixou...


Bananas com fartura! 

Frutas de todas as cores e feitios

Saris a secar nas varandas

Táxi em modelo cubano 

Autocarro militar, tão colorido como os outros

 Carroça de metal para passeios domingueiros

Cabras e ovelhas, com pastor ao telemóvel

Banca da Xerox?

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