29 julho 2013

De como o Báltico não nos ensina a aceitar a morte

O Báltico pode ensinar-nos a envelhecer, mas não nos ensina a aceitar a morte. Mesmo quando ela vem no final de uma vida, encerrando um ciclo. Por isso, mais do que forçar uma inspiração que teima em não aparecer, o melhor é mostrar uma imagem. Símbolo de milhares de mortes. Essas sim, não naturais...



24 julho 2013

A insensatez da guerra

Varsóvia, capital da Polónia, é uma cidade marcada pela guerra. Não pelas marcas que a guerra deixou, mas pela inexistência dessas mesmas marcas. Varsóvia foi totalmente destruída pelos alemães no final da 2ª Guerra Mundial. De tal forma que teve que ser totalmente reconstruída. Mas a fúria alemã não se limitou aos edifícios. De uma população de 1.3 milhões de habitantes, restou aproximadamente um terço. De uma "maioria" de quase meio milhão de judeus, sobreviveu uma "minoria" de cerca de cinco mil. Números assustadores... Depois de visitar Varsóvia, não há como rever o filme O Pianista: www.youtube.com/watch?v=itR0-I9idXk. Há poucos filmes que mostrem de forma tão crua a insensatez da guerra...

21 julho 2013

De como o Báltico nos pode ensinar a envelhecer

Já regressei da viagem aos países bálticos. Uma viagem cansativa, muito tempo a andar de autocarro de país para país ou a correr atrás de guias turísticos nas várias cidades. E uma presença inesquecível no grupo, Rosa de seu nome. 91 anos de idade, feitos entre a Lituânia e a Letónia (os 90, foi fazê-los o ano passado a Paris!). Uma lição de vida. Andou, subiu e desceu escadas, carregou a mala, agradeceu a simpatia de quem queria ajudar, e nunca se queixou. Viu e ouviu tudo com a maior das curiosidades. E não falhou nem um ponto do programa. No final da viagem fui ter com ela e disse-lhe que foi um prazer conhecê-la. E que espero que mantenha o espírito. Respondeu-me que esta foi provavelmente a última viagem que fez. Cansou-se muito. Acho que não vai ser. Acho que vai arranjar maneira de fazer outra no próximo ano, mesmo que noutros moldes. Quando for grande, quero ser como ela...



12 julho 2013

Helsínquia, Finlândia

Com cerca de 5 milhões de habitantes, a Finlândia é o país da Nokia. Um exemplo de avanço da tecnologia e de preservação da natureza em simultâneo. Não conheço e infelizmente não vou ficar a conhecer, porque vou apenas à capital, Helsínquia. Onde espero passar uma noite em branco! Trocadilhos à parte, noite em branco passo hoje se não vou acabar de fazer a mala e dormir, que amanhã madrugo. Báltico, aqui vou eu!



11 julho 2013

Tallinn, Estónia

A Estónia tem pouco mais de 1 milhão de habitantes e é o estado báltico mais a norte, já ali com vista para a Finlândia. Aliás, a língua que por lá se fala tem mais parecenças com o finlandês do que com as línguas da Letónia e da Lituânia. Uma mistura entre Europa de Leste e países nórdicos que parece ter resultado bem. Tallinn, a capital, deve o nome aos dinamarqueses que por lá se estabeleceram no século XIII, dado que "taani linn" significa "cidade dinamarquesa" em estónio. Ao que parece, o resultado é uma das capitais medievais mais bem conservadas da Europa, com um centro labiríntico digno dos séculos XIV e XV. O que não quer dizer que o país seja medieval. Antes pelo contrário! É um país de empreendedores. Ora adivinhem lá onde é que "nasceu" o Skype?



10 julho 2013

Riga, Letónia

Com pouco mais de 2 milhões de habitantes, a Letónia é a "carne" da sandwich báltica. Lonely Planet dixit! Não pelo desinteresse dos outros 2 países (eu diria que uma sandwich sem bom pão não é uma sandwich...), mas pela autenticidade deste (outra vez, Lonely Planet dixit!). Parece que Riga é a maior das 3 capitais. E a capital europeia da art nouveau, presente em cerca de 750 edifícios do centro da cidade. E parece que tem uma Estátua da Liberdade com 43 metros (um dos monumentos mais altos da Europa), carinhosamente chamada Milda. É curioso... Porque será que a Liberdade é sempre personificada por uma mulher? Não, não me venham com o género da palavra, porque Liberty não tem género. Sim, mas Liberté tem, é verdade. E se a memória não me falha, foi de França que ela veio...



09 julho 2013

Vilnius, Lituânia

A Lituânia tem cerca de 3 milhões de habitantes e é o estado báltico mais a sul. Nunca estive lá, mas já ouvi dizer (as famosas más-línguas...) que das 3 capitais bálticas, Vilnius é a menos bonita. Apesar de ser Património Mundial da UNESCO, considerada a capital barroca da Europa. Talvez por o barroco não ser bonito, diria eu... Mas adiante, que gostos não se discutem! Segundo o Lonely Planet, a cidade só peca por uma coisa: por fazer todos os possíveis para lembrar o genocídio soviético; e não fazer o mesmo em relação ao genocídio nazi. Sinal de má consciência? Atenção, digo isto sem juízo de valor. É sempre mais fácil falar à posteriori...



08 julho 2013

Varsóvia, Polónia

Com quase 40 milhões de habitantes, a Polónia é um dos pesos pesados da Europa de Leste. Não é a primeira vez que lá vou, porque já fui a Cracóvia (numa viagem de comboio memorável entre a República Checa e a Polónia, com guardas fronteiriços de aspecto soviético e judeus ortodoxos aos berros, já nem me lembro se antes se depois da visita ao impressionante campo de concentração de Auschwitz-Birkenau...). Capital do país até ao século XVI, é uma cidade que vale a pena ver. Já Varsóvia, dizem as más-línguas que não tem nada que ver. Eu cá não acredito. Não há sítio nenhum no mundo que não tenha nada que ver! Nem que sejam os vestígios da História, que parece que são muitos no que toca à actual capital do país. Mas como a vida não é só "ver", faço questão de ir comer ao restaurante Portucale (www.portucale.pl), o primeiro (e único?) restaurante português de Varsóvia, propriedade de um aventureiro que conheço há muitos anos...



07 julho 2013

Capitais bálticas

No próximo sábado parto de viagem para as capitais bálticas! De uma assentada só, Vilnius, Riga e Tallinn; e à conta da ausência de vôos directos, com chegada a Varsóvia e partida de Helsínquia. Ou seja, 5 capitais em 8 dias, numa viagem organizada para a qual já estou a tomar Valdispert! É que se há coisa que me põe nervosa é o entra e sai do autocarro, sem tempo para me perder com a máquina fotográfica; as histórias intermináveis contadas ao microfone, mesmo que não ouça metade; e, sobretudo, os "jantares típicos, com música e danças tradicionais". Não sou mulher de viagens organizadas, pronto! A não ser que sejam organizadas por mim. Ou ao correr da viagem...




PS: A história do Valdispert é a brincar. Adoro viajar, seja de que forma for, com ou sem organização, desde que bem acompanhada!