19 março 2010

Emirados Árabes Unidos em imagens


Vista de Abu Dhabi

Emirates Palace, o local dos eventos culturais

O futuro Guggenheim, projecto de Frank Gehry

A segunda maior mesquita do mundo

Estacionamento VIP na mesquita

Montanhas Hajar, cordilheira que atravessa a Península Arábica

Mercado algures num dos emirados

E um gato emirati, não podia faltar

17 março 2010

Os Emirados Árabes Unidos não são só o Dubai

Fala-se muito no Dubai, mas o Dubai é só um dos emirados dos EAU - Emirados Árabes Unidos. Os outros são Abu Dhabi, Sharjah, Ajman, Umm Al Quwain, Ras Al Khaimah, e Fujairah. E, por incrível que pareça, fui a quase todos. A Abu Dhabi num dia e a outros quatro no dia da viagem ao deserto. Ficou a faltar Ajman, o mais pequeno.
Abu Dhabi é o maior, 87% do território. E mais de 90% das reservas de petróleo e gás natural! Para além dos grandes projectos, entre os quais um Cultural District, com um Guggenheim e um Louvre, uma sala de espectáculos e um museu marítimo, e parcerias com várias universidades, desde a Universidade de Nova Iorque à Sorbonne. Portanto, o Dubai é show off! Como alguém me disse, é o irmão mais novo a chamar as atenções. Porque o crescimento a sério está em Abu Dhabi! Claro que o emirado capital também sofre da mania das grandezas, a mesquita foi projectada para ser a maior do mundo. Até Meca ter refreado os ânimos e dito "meus meninos, a maior mesquita do mundo é em Meca e não se fala mais no assunto". Resultado, Abu Dhabi tem a segunda maior mesquita do mundo!
Os outros emirados são relativamente pequenos (imaginem, para dar para passar por todos num só dia...) e menos ricos. Com mais paisagem natural do que prédios altos
, muito deserto e montanhas, são também mais conservadores. Pois, é preciso não esquecer que os EAU são um país árabe, que faz fronteira com a Arábia Saudita. Logo, muito mais mulheres só com os olhos de fora...
Por falar nisso, há censura nos EAU. Há livros que não estão à venda, os filmes são cortados, há páginas da internet às quais não se consegue aceder. Beijos entre homens e mulheres em público então nem pensar! E vou ficar por aqui no que respeita a comentários negativos. Porque gostei mais do que estava à espera (é no que dá ir com expectativas baixas...). Não é o meu tipo de turismo e não será para repetir. Mas acabei por não me arrepender de não ir nem ao Bahrain, nem ao Qatar, nem a Omã, inicialmente planeados com a ideia de que os EAU não mereciam uma semana.
Para encerrar o capítulo da Península Arábica, sabem qual é o preço do litro de gasolina por aquelas bandas? Cerca de 35 cêntimos! Não há-de aquela malta ter dinheiro para fazer isto e aquilo e aqueloutro...

15 março 2010

13 março 2010

Dubai em imagens


Construção, construção, construção

Burj Dubai, o edifício mais alto do mundo

O rio na zona antiga da cidade

A recentíssima Old Town

Aquário para mergulho no Dubai Mall

Banca de venda de sapatos no Old Souk

Ainda não percebi, camelos ou dromedários?

Sheikh Mohammed, Emir do Dubai

Bandeiras dos Emirados Árabes Unidos à janela

Foto de uma foto de Meca, numa galeria de arte de rua

11 março 2010

Onde já vai o Dubai...

Quando cheguei ao Dubai não se falava noutra coisa se não na bolha financeira. Cá, porque lá ninguém sabia o que era a bolha financeira! Mas de facto o Dubai impressiona pela construção. Faz-me lembrar Macau, quando por lá passei. Nessa altura também me interrogava sobre o que é que eles faziam a tanto prédio. Mas havia os chineses, que eram, e ainda são, muitos. No Dubai não sei... De qualquer forma, diz-me quem lá vive que a construção, mesmo assim, já não é o que era.
Mas voltemos ao início. Quando cheguei ao Dubai fui recebida por homens de túnicas brancas e lenços na cabeça, uma imagem que tinha apenas dos livros do Tintin. E contrariamente ao que esperava (eu e os meus feminismos quando toca a países árabes...), fui muito bem recebida. O homem olha para mim, olha para o meu passaporte, volta a olhar para mim: "are you sure you were born in 1974?". Digo-lhe que sim, gaguejo, de facto a foto do passaporte é antiga, mas... Interrompe-me e diz-me que pareço muuuuuito mais nova e não é só na foto. Continua a conversa dizendo que Susana é um nome muuuuuito bonito, de origem árabe. Finalmente lá me carimba o passaporte e me deixa ir embora, impressionada com os galanteios árabes. E, durante toda a estadia, com a elegância masculina feita de túnicas, brancas ou de outras cores claras. Já as túnicas pretas das mulheres (abayas) não me convencem, mas isso é conversa para outro fórum...
O Dubai é mais do que os hotéis de 6 e 7 estrelas, a palmeira pequena e a palmeira grande, os centros comerciais gigantescos, o edifício mais alto do mundo, etc e tal. Mas também não é muito mais. Tem uma história recente, com início em 1833, data em que sai da alçada de Abu Dhabi para se tornar um protectorado britânico. Conhecido pela exportação de pérolas (mais um ponto em comum com Macau, a cidade do rio das pérolas), dá uma volta de 360 graus com a descoberta de petróleo nos anos 60. Tudo isto pode ser aprofundado no Dubai Museum, num pequeno forte situado na zona antiga da cidade, ao pé do rio. Que não tem nada a ver com a Old Town, zona construída há menos de um ano.
Mas o Dubai é mesmo é compras. Nos centros comerciais, onde para além de lojas há aquários para fazer mergulho e pistas de ski com neve a sério; ou nos souks, muito mais giros, e no famoso El Karama, mercado indiano onde há de tudo. Para quem não é fã de compras e prefere gastar dinheiro a exercitar o palato, como é o meu caso, há restaurantes para todos os preços: desde os 5 euros no mundialmente famoso restaurante paquistanês Ravi (vejam o Travel Channel!), aos 50 euros em qualquer restaurante onde se peça vinho (álcool em países muçulmanos só com licença, certo?). Falando da comidinha propriamente dita, descobri as paratas indianas e comi num restaurante marroquino o melhor couscous de borrego que já comi na vida!
Por último, a não perder, a Dubai Fountain, a maior fonte do mundo a dançar ao som de música. Independentemente das críticas (sou sensível à crítica ambiental, confesso), é um espectáculo bonito. E arrepia ao som de Andrea Bocelli...

01 março 2010

De regresso de Antuérpia

Pois, quando falei de tempo para dar umas voltas pela cidade estava a falar de tempo-tempo e não de tempo-clima! Então não é que a tempestade que tem feito tantos estragos em França decidiu dar um ar da sua graça na Bélgica exactamente na tarde de domingo, tarde que eu tinha livre para ver a cidade dos diamantes? Ainda tentei ir até ao centro, mas era tal a chuva e o vento que acabei por desistir. Voltei a casa para fazer uma sesta e recuperar do casório...
Mas como quem tem anfitriões à maneira tem tudo, tive direito a uma visita relâmpago na manhã de segunda-feira, antes de apanhar o comboio para Bruxelas. Entre outras coisas, vi o rio e a zona do porto (o segundo maior da Europa, a seguir a Roterdão) e fiquei a saber que o nome Antuérpia vem de uma lenda segundo a qual um soldado terá livrado a cidade de um gigante, ao cortar-lhe uma mão e atirá-la para o rio. Daí Antwerpen: ant=mão + werpen=atirar. Ou qualquer coisa parecida, não sou grande coisa a flamengo...
Por último, sítio onde ficar: http://www.bed-breakfast-belgium.com/index.htm. Rik e Irène, respectivamente escultor e professora reformada, são óptimos anfitriões. Foi numa das conversas de pequeno-almoço que fiquei a saber, por exemplo, que o comércio de diamantes já não é dominado pelos judeus, mas sim pelos indianos. Sinais dos tempos?


A Centraal Station por dentro, à chegada

A Grote Markt (praça principal), com a Catedral ao fundo

E a Centraal Station por fora, à partida