05 maio 2009

Cortes, uma boa surpresa

Fim-de-semana prolongado, sair de Lisboa, finalmente! Depois do desespero do Alentejo esgotado (Ovibeja em acção...), a prova de que é possível des-stressar acima do Tejo. Cortes, a uns poucos quilómetros de Leiria, foi a boa surpresa. Aliás, mais do que Cortes, a Casa da Nora, que nos recebeu de braços abertos.
Hotel rural com uma assumida vocação de restaurante, recomenda-se vivamente. Do que me calhou a mim, posso falar do risotto de chouriço e legumes, dos cogumelos gratinados, do puré de alheira, do chocolate de chorar por mais à sobremesa, entre petit gateaux e brigadeirão. Isto sem falar das especialidades da zona, queijo da Sertã e morcela de arroz de Leiria...
Em suma, um conjunto de boas razões para não sair de Cortes. Quer dizer, não foi só comer! Também foi procurar a nascente do rio Lis, em Cortes. Ver a vista da Senhora do Monte, em Cortes. Participar na festa da Nossa Senhora da Gaiola, em Cortes. E não fosse uma sesta da qual ninguém me conseguiu acordar, também tinha sido visitar a Casa-Museu João Soares. Pois que é em Cortes que estão as origens do nosso amigo Mário!
Tão intensa actividade não deixou espaço para o que estava no programa: praias da Nazaré e de São Pedro de Moel, mosteiros da Batalha e de Alcobaça, castelos de Leiria e de São Pedro de Mós (objectivos ambiciosos sempre!). Deu para passar pela praia de São Martinho do Porto à ida e pelo castelo de Ourém à vinda, nem uma nem outro particularmente entusiasmantes. Moral da história, vamos ter que voltar. Que chatice...
Por último, foi um fim-de-semana de auto-estima em alta. Um gajo giro fixado em mim. E que me sorria ao acordar. Será que o Gabriel ainda me vai achar piada quando tiver 18 anos? E eu 52??? :-)

PS: De tanto falar da cozinha da Casa da Nora, esqueci-me de referir o Traçadinho, na Capeleira, ao pé de Óbidos, com um bacalhau com broa digno de registo. E esqueci-me de referir também o frustrante que é ir a uma Pousada de Portugal quando não há outra opção e ter que pagar os preços que por lá se praticam. Não é que a comida não seja boa, mas há qualquer coisa que não bate certo quando se paga 2,50€ por um café. Aconteceu na Cidade Velha de Ourém, podia ter acontecido na Aldeia Histórica de Monsanto, não fora a trilogia pão, queijo e canivete, como se verá num próximo post...


Praia de São Martinho do Porto

A Casa da Nora, à beira do rio Lis

Gatos em Cortes, como não podia deixar de ser

O sol quando nasce é para todos, a sombra também

Castelo de Ourém