19 maio 2014

Parque Ambiental do Alambre

Outro segredo bem guardado, desta vez ao sul do Tejo, é o Parque Ambiental do Alambre, em plena Serra da Arrábida. Descobri-o através de uma "saída de campo de fotografia de aves" na qual me inscrevi. Juntar a arte da fotografia à arte de observar aves pareceu-me irresistível...
Mal eu sabia que a coisa era mesmo profissional. E que a minha máquina com teleobjectiva (que normalmente faz furor...) ia parecer uma formiguinha. Era vê-los de mochilas imensas, com várias máquinas e teleobjectivas tipo canhões, já para não falar dos tripés e monopés!
E mal eu sabia que, para além das dicas teóricas sobre fotografia, ia haver dicas práticas sobre como atrair a passarada. Escolher uma clareira; fazer uma estrutura de troncos e umas poças de água; pendurar alimentadores com sementes várias; e, last but not least, barrar aqui e ali manteiga de amendoim! Depois é montar os abrigos, camuflados, e dar uso ao "saquinho de paciência" que ia na lista das coisas a levar.
Foi muito giro. Mas o mais engraçado foi mesmo que não apareceu um único pássaro! Quer dizer, demos um passeio no parque e vimos imensos pássaros. Mas nas "armadilhas", nem um poisou! Horas perdidas nos abrigos, com pouco espaço e muito calor, em silêncio ou em sussurro. E nem uma daquelas encantadoras figurinhas se aventurou em prol dum bocado de manteiga de amendoim...


O material

Os abrigos

Assusta qualquer um!

Não admira que só tenha aparecido este...

15 maio 2014

Visita a um petroleiro

À conta dum colega do MBA, que já na altura era comandante da marinha mercante, dei por mim um dia destes a visitar um petroleiro. Ele já me tinha dito que ia atracar em Setúbal, com um petroleiro de média dimensão (são só 50.000 toneladas...), da empresa dinamarquesa onde está a trabalhar agora. Mas nunca imaginei que o convite para jantar a bordo me proporcionasse uma experiência tão interessante.
Não apenas pelo jantar com os oito oficiais de duas tripulações (a que trouxe o navio e estava de partida e a que vai levar o navio e estava de chegada), quase todos dinamarqueses e verdadeiros homens do mar, ou seja, não muito dados à conversa (houve momentos em que pensei que mais valia comer em silêncio também...); mas também, e principalmente, pela visita guiada ao petroleiro.
Vi tudo o que havia para ver, desde a sala de navegação lá em cima à sala das máquinas lá em baixo. Os instrumentos e mapas de navegação. As cabinas e as salas de convívio dos oficiais e restante tripulação (separadas). A cozinha e as salas de refeições dos oficiais e restante tripulação (separadas). As despensas e salas frigoríficas. A sala onde se guardam álcool e tabaco enquanto o navio está atracado em portos de países muçulmanos, selada à chegada. A sala onde estão guardados os capacetes e coletes à prova de bala (mas não as armas) dos "seguranças" que embarcam no navio em zonas de pirataria. As máquinas, mais que muitas e com muitas instruções. E, claro, os espaços exteriores, desde os tanques onde se guarda o petróleo, ao convés superior onde antigamente os macacos davam o alerta quando avistavam terra...



11 maio 2014

Aldeia de Escaroupim

À beira do rio Tejo, ali para os lados de Salvaterra de Magos, há um segredo bem guardado. Chama-se Escaroupim e é uma pequena aldeia de casas de avieiros, os pescadores originários de Vieira de Leiria.
É também um local privilegiado para a observação de aves. Aqui nidificam 7 espécies: carraceiro, colhereiro, garça-branca (pequena), garça-real, goraz, íbis-preta, e papa-ratos. Destas, só não vi papa-ratos. E apaixonei-me pelos colhereiros!
A não perder o passeio de barco feito pela empresa Rio-a-Dentro. Não só pela simpatia dos "capitães-de-rio", mas também, e principalmente, pela paz que o rio transmite...