30 julho 2007

Despedida de Malta

Só mais uma foto, para a despedida de Malta: cúpulas de igrejas e pedras megalíticas ficam como imagem de marca. E, já agora, um conselho literário: "A Deusa Sentada", da jornalista Helena Marques, livro que descobri em arrumações e que foi (ainda está a ser...) uma boa surpresa, com muitas descrições de Malta à mistura.


15 julho 2007

Ilha de Malta II

Voltando à Ilha de Malta, os Templos de Hagar Qim e Mnajdra (3600 a 3000 A.C.) são visita obrigatória. É pena que seja difícil chegar lá (aliás, a sinalização em Malta deve ter origens latinas…), é pena que as explicações sejam poucas ou nenhumas, é pena que não haja uma única sombra debaixo de um sol abrasador. Segundo o próprio guia (Lonely Planet, sempre!), Malta ainda não percebeu que, em vez de andar a discutir se deve ou não investir em campos de golfe (viram o tipo de paisagem nas fotos, não viram?) para atrair um certo tipo de turismo, devia era estar a investir nos monumentos históricos, que são, de facto, a grande atracção turística. Mas do mal o menos, vejam abaixo as explicações sobre as “fat ladies”. Os originais, em exposição no Museu de Arqueologia em La Valletta, são uma autêntica delícia e fazem pensar a que propósito se instalou a mania das magrezas na sociedade actual. Isto sem querer fazer a apologia da obesidade! Até porque sempre ouvi dizer que no meio é que está a virtude…
Ainda na costa, vale a pena parar para almoçar na vila de pescadores de nome Marsaxlokk. Já não é uma vila de pescadores típica, até porque se tornou ponto de paragem de autocarros com hordas de turistas, mas a baía é bonita e os barcos típicos em tons de azul, vermelho e amarelo dão umas boas fotos. E, a título de curiosidade, foi palco do último acto no teatro da Guerra Fria: foi num barco ancorado nesta baía que se deu o famoso encontro entre Mikhail Gorbachev e George Bush (pai) em 1989!
Já no interior, envolta em muralhas e com uma vista deslumbrante sobre grande parte da ilha, está Mdina, a antiga capital do país. Com origem numa fortificação fenícia, foi capital até à chegada dos Cavaleiros da Ordem de Malta. E, ao que parece, manteve-se como último reduto da aristocracia maltesa, desavinda com os novos “donos” das ilhas. Como tal, palácios não faltam numa cidade tipo Óbidos que está um mimo de conservação. E que é conhecida como a “cidade do silêncio”, dada a proibição da circulação automóvel. Que é relativa, claro…


As "fat ladies" de Hagar Qim

Os barcos típicos em Marsaxlokk

Vista desde Mdina

Palácios e igrejas em Mdina

E também sinais de vida em Mdina

08 julho 2007

Pormenores de Malta

Uma caixa de correio

Cores vivas a quebrar a monotonia dos tons ocre

Uma varanda diferente

01 julho 2007

Ilha de Malta I

Depois do sossego em Gozo, a “civilização” em Malta. Que é como quem diz… Malta parece estar uns anitos atrás de Portugal. Apesar de estar à nossa frente numa série de indicadores (o PIB per capita e o salário mínimo nacional são apenas alguns…). De qualquer forma, a não separação Estado/Igreja faz bastante confusão (a mim, pelo menos), desde o carro do bispo que não tem matrícula (por cá só o Presidente da República, Chefe de Estado, é que não tem matrícula, certo?) ao divórcio que não é legal (a liberalização do aborto é uma coisa, vote-se sim ou vote-se não, agora o divórcio?). Mas adiante!
La Valletta deve ser das capitais mais pequenas do mundo. Umas poucas de ruas de cima a baixo, outras poucas de ruas em perpendicular, e uma muralha a toda a volta. Uns quantos palácios construídos pelos Cavaleiros da Ordem de Malta, uma igreja porta sim porta não, e varandas, muitas, de madeira, de cores esbatidas, em todos os edifícios. Vale a pena percorrer as ruas todas (sim, todas, até porque não são muitas!) e sentir uma cidade que é toda ela antiga. Imaginem uma Alfama capital de Portugal…
No porto onde La Valletta é uma pequena península, há mais duas pequenas penínsulas, também elas muralhadas. Dentro de muralhas, três cidades históricas: Vittoriosa, Cospicua e Senglea (também conhecidas pelos seus antigos nomes: Birgu, Bormla e L-Isla). Primeira sede dos Cavaleiros da Ordem de Malta, foi aqui que Cavaleiros e população resistiram ao cerco dos turcos em 1565, quatro longos meses de atrocidades de parte a parte. Outros tempos… O Forte de Santo Ângelo em Vittoriosa faz pena de abandonado. Embora a cidade esteja um mimo à beira da nova marina… Já Senglea tem um miradouro com uma torre com olhos e ouvidos e é uma pequena delícia. Se passarem por lá, não percam o passeio de barco pelo porto, por mais turístico que possa parecer, porque vale mesmo a pena.


Rua de La Valletta

Vista de La Valletta

La Valletta em toda a sua extensão

As três cidades históricas:
Vittoriosa à esquerda, Cospicua ao centro e Senglea à direita

Vista de Senglea