30 junho 2013

Antuérpia VI, Junho 2013

A sexta e última (até ver!) viagem a Antuérpia foi para colmatar uma falha grave, ir aos anos da minha afilhada. Falhei o primeiro ano, porque estava a marrar em Nottingham. Falhei o segundo ano porque tinha ido lá um par de meses antes. Não podia falhar o terceiro ano!
Entre festinha em casa com a família e os amigos e festinha na creche com os disciplinados coleguinhas (e quando digo disciplinados é mesmo disciplinados, qualquer semelhança com uma creche portuguesa é pura coincidência!), deu para aproveitar um sol morno e passear à beira-rio. Onde fomos surpreendidos por uma exposição sui generis: fotografias tamanho gigante a flutuar nas águas do rio. Exposição do fotógrafo Wim Tellier, 50 países de 6 continentes, representados no rio Scheldt. Pena que o efeito, seguramente engraçado, não pudesse ser visto ao nível das águas. Mais sorte tiveram os helicópteros que por lá andavam...
Por último, uma visita a um parque infantil cheio de crianças do Bairro Judeu, que continuam a fazer as minhas delícias com os seus canudinhos (eu e o Bairro Judeu, o melhor é nem falar no vinho kosher que comprei, que esse sim, fez as minhas delícias!). E uma visita à biblioteca municipal, onde se pode encontrar uma secção de livros em língua portuguesa cheia de livros do Saramago. Muito à frente! Será que nalguma das nossas bibliotecas municipais há uma secção de livros em flamengo? Eu sei que não temos imigrantes belgas como eles têm imigrantes portugueses, mas um dia destes vou ao Palácio das Galveias espreitar...



A beira-rio serve para reflectir... 

E para descontrair! 

Para além de servir para ver fotografias!

Ou para tentar... 

Pode ser invasão de privacidade, mas adoro a foto! 

Idem idem, aspas aspas 

Literatura portuguesa na biblioteca municipal

E para fechar com chave de ouro...

25 junho 2013

Antuérpia V, Março 2012

Em Fevereiro de 2012 nasceu o segundo rebento, Jacques de seu nome, que não é meu afilhado, mas é como se fosse. Pelo que um mês depois aí estava eu a caminho de Antuérpia outra vez! E desta vez foi para ficar em casa em adoração à(s) criança(s)!!! Não por alguma estranha mudança no estilo de vida (o que se faz com um faz-se com dois), mas por causa do mau tempo. O norte da Europa tem destas coisas...
A única coisa que me lembro de ter feito foi ir a uma feira de rua. Desde roupa a discos de vinil, passando pelas velharias e todo o tipo de acessórios possíveis e imagináveis, era à escolha do freguês! Nada que não se encontre na nossa Feira da Ladra, dirão vocês. Verdade, mas na Feira da Ladra ainda não se encontram galinhas e outros animais. Que eu saiba!


À escolha do freguês!

20 junho 2013

Antuérpia IV, Agosto 2011

Como à terceira não é de vez (e Nottingham foi mesmo muito desgastante...), voltei de EuroStar passada meia dúzia de meses. Para encontrar uma cidade ensolarada, cheia de bicicletas nas ruas! É que entretanto Antuérpia lançou um daqueles projectos de bicicletas pagas, que se agarram num ponto da cidade e se largam noutro. Nada melhor para mim, que sou fã de conhecer cidades a dar ao pedal! Desde que não tenham sete colinas, claro...
Voltando a Antuérpia, a zona do porto (o segundo maior da Europa, a seguir a Roterdão) foi reabilitada recentemente. E é agora uma zona cheia de vida, aliás uma das zonas mais in da cidade, com um dos museus modernos mais marcantes que vi até hoje, o MAS (Museum Aan de Stroom). Cinco andares da história de Antuérpia no mundo, com muita interacção com os visitantes, miúdos ou graúdos. E tudo isto num edifício muito particular, como se pode ver abaixo. Recomendo vivamente!
Outra zona que recomendo é o Bairro Judeu. É que entretanto os meus amigos mudaram-se para esta zona da cidade, pelo que as visões de miúdos com canudos deixaram de ser uma curiosidade à passagem de carro. Antuérpia tem uma das maiores comunidades judaicas do mundo (depois de Nova Iorque, Londres e Paris), com cerca de 18 mil judeus, muitos deles com raízes portuguesas (como muitos outros judeus europeus, fugidos das perseguições nos seus países...). Mas é provavelmente a mais característica de todas, na medida em que é quase exclusivamente ortodoxa. Por isso, homens de fato completo e chapéu pretos, com longas barbas e canudos, a juntar a mulheres também de cores escuras e de chapéu ou lenço (sim, não são só as muçulmanas que escondem o cabelo!), rodeadas de criancinhas aos magotes, tornaram-se o meu dia-a-dia em Antuérpia!
Por último, foi preciso ir quatro vezes a Antuérpia para comer o prato nacional belga: mexilhões com batatas fritas! Se gostei? Gostei. Mas sem querer parecer pretensiosa, tendo nós tão boa gastronomia...


O edifício do MAS

 Vista da cidade I

Vista da cidade II

15 junho 2013

Antuérpia III, Fevereiro 2011

A terceira vez fui de EuroStar e passei por baixo do Canal da Mancha! Coisa que, aqui entre nós que ninguém nos ouve, não é nada de especial. Cerca de 20 minutos às escuras, como qualquer outro túnel de comboios...
Foi uma visita relâmpago, para recarregar baterias gastas em Nottingham. E de Antuérpia, vi pouco. Apenas uma passagem pela China Town e por uma loja de queijos, de onde foi difícil arrancar-me... Para o fim-de-semana em Kapellen, zona perto da fronteira com a Holanda, onde se pode passear num parque natural partilhado pelos dois países, o Kalmthoutse Heide. Muita natureza e muito Land Rover Defender (suspiro!), boa comida e boa bebida, lareira e afilhada. E, definitivamente, baterias recarregadas...


Queijos para todos os gostos!

10 junho 2013

Antuérpia II, Julho 2010

A minha afilhada nasceu no dia 1 de Junho de 2010. Pelo que um mês depois aí estava eu a caminho de Antuérpia outra vez! E se pensam que foi para ficar em casa em adoração à criança, desenganem-se!!! Desde compensar o mau tempo da visita anterior com um ensolarado centro da cidade, a comer um cozido na zona "portuguesa", passando por uma visita a Gent, a segunda maior cidade da região flamenga da Bélgica, tudo se fez. Em havendo sol...
Gent é a cidade universitária da região flamenga. E é uma das zonas mais populosas da Bélgica. Situada na antiga Flandres, é uma cidade encantadora, com um centro atravessado por um rio que mais parece um daqueles quadros holandeses do século XVII... Consta que era zona de têxteis. Mas foi lá que encontrei a mais completa loja de cervejas que vi até hoje!
Por falar em cervejas, também encontrei Super Bock e Sagres. Mas em Antuérpia, na zona onde vivem os imigrantes portugueses. Não sei quantos são (são seguramente menos do que em Bruxelas), mas são os suficientes para fazerem de uma grande praça uma praça portuguesa!
Quanto ao centro de Antuérpia, tem muito mais encanto com sol! A famosa Catedral de Notre Dame, a maior igreja da Bélgica, parece outra debaixo de uns raios de sol. Já para não falar da Grote Markt (Grand Place) em si e das ruelas em volta...


Uma das três torres que "olham" pela cidade de Gent

Uma rua graffitada

Porto de Graslei, no encantador centro da cidade

Ainda o encantador porto de Graslei

Há portas que merecem destaque...

Cervejas para todos os gostos!

Cervejas há muitas, mas nenhuma como a Super Bock!

Praça "portuguesa" em Antuérpia

E prontos!

O soldado que livrou a cidade de Antuérpia de um gigante

Com a Catedral de Notre Dame por trás

Edifícios da Grote Markt

A cidade vista do outro lado do rio

Passagem pelo Bairro Judeu

A prova de que se pode adorar uma criança e beber cerveja ao mesmo tempo!

E de que não é por isso que a criança deixa de gostar de nós...

05 junho 2013

Antuérpia I, Fevereiro 2010

À conta de uma grande amiga, que se encantou com um belga, tenho viajado para Antuérpia com alguma regularidade nos últimos 3 anos. Primeiro, para o casamento. Depois, para estar com o primeiro rebento, de nome Amelie e minha afilhada. Como já vou em meia dúzia de viagens e só postei sobre a primeira (post de 1 de Março de 2010), vou dar início a um novo périplo, desta vez por terras flamengas. E, sim, flamengo ou não, vai haver conversa sobre queijo...