17 fevereiro 2013

As duas faces do caos de Jaipur

Jaipur não é só monumentos. É também, como qualquer cidade indiana, o caos. Mas um caos divertido. De camelos a passar em frente ao hotel logo de manhã. De bazares atrás de bazares nas ruas cobertas de cor-de-rosa da cidade velha. De macacos a roubar comida nos restaurantes. De cores sem fim em bancas que vendem de tudo. E de vacas com as quais nos cruzamos a qualquer momento...
A outra face do caos de Jaipur é a que causa stress. Como o não se conseguir atravessar uma estrada, entre veículos, pessoas e animais vindos de todos os lados; o que nos obriga a apanhar um tuk-tuk para fazer uma pequena distância; cujo motorista insiste que os sítios onde queremos ir não têm interesse nenhum e que só ele para nos levar a sítios muito mais interessantes; que não aceita um não como resposta e que chega ao cúmulo de parar para meter combustível e verificar os pneus para fazer tempo e poder argumentar mais um bocadinho; o que nos leva a respirar de alívio quando finalmente nos deixa no City Palace, o tal sítio para turistas sem interesse nenhum... Ou como o não se conseguir apanhar um táxi normal no hotel, por mais que se insista no pormenor do taxímetro, porque todo o staff está feito para nos obrigar a apanhar um táxi especial; cujo motorista insiste em sair do carro a cada paragem e acompanhar-nos como guia turístico; e que teima em levar-nos a um forte cuja principal atracção é um canhão vitoriano e no qual, claro, os guardas se prestam a levar-nos a ver qualquer coisa muito especial a um sinal dele; e que ao mesmo tempo teima em não nos levar a um forte com uma vista fabulosa sobre a cidade, dizendo qualquer coisa como "vista? qual vista?"; e que mesmo quando ameaçamos sair do carro se ele não nos levar de vez para a cidade velha, insiste em levar-nos a uma loja, em prol da comissão...










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