13 novembro 2014

As artes de Teerão

Teerão vinga o "pouco que ver" nos muitos (e bons!) museus que tem: desde o Museu Nacional do Irão ao Museu do Período Islâmico, passando pelo Museu das Carpetes. Isto para não falar dos que estão hospedados na antiga cadeia utilizada pela Savak (polícia secreta do Xá) e na antiga embaixada dos EUA (palco de acontecimentos de que todos nós nos lembramos e de outros que aqui contarei). Estes últimos, segundo o Lonely Planet, só perdem pelo tom de propaganda...
Em tempo real referi os dois que num único dia tive tempo de ver, o Museu das Jóias e o Museu de Arte Contemporânea. O primeiro é, literalmente, a jóia da coroa dos museus iranianos! Jóias de todas as dinastias, com destaque para o Darya-ye Nur ("mar de luz" em farsi), um dos maiores diamantes do mundo, de cor rosa. Em relação à peça que referi, o impressionante globo terrestre com 51366 pedras preciosas, só me esqueci de dizer que os mares são esmeraldas e os países são rubis, com excepção do Irão, França e Reino Unido, que são representados por diamantes (a peça é de 1869, altura em que a França e o Reino Unido estavam nas boas graças da Pérsia...). Fotografias é que não há, tudo o que levamos fica em cacifos à entrada. Mas há fotografias de peças de artistas iranianos, para compensar! É que no Museu de Arte Contemporânea há uma imensa e valiosa colecção que inclui Picasso, Matisse, Van Gogh, Miró, Dalí, para referir apenas alguns. Mas não está em exposição, por simbolizar o Ocidente. Não fosse este o motivo (a revolução islâmica no seu melhor!), e eu até achava bem. Porque no Irão gosto de ver o que por lá se faz. Que é de grande qualidade, como se pode ver abaixo.








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