30 outubro 2013

Cenas de um país sem exército II

A Costa Rica foi o primeiro país do mundo a abolir o seu exército, no dia 1 de Dezembro de 1948, após uma breve guerra civil que levou José Figueres Ferrer, um fervoroso adepto da social-democracia, ao poder. O país tinha já um longo historial democrático, tendo assistido às primeiras eleições livres e sem fraudes da América Latina, em 1890. E é hoje um país de referência numa América Central massacrada por conflitos internos. Aliás, tem um Prémio Nobel da Paz, na pessoa de Óscar Arias Sánchez, presidente de 1986 a 1990 (e novamente de 2006 a 2010) e promotor incansável de um acordo de paz para a América Central. Mais, e prometo não voltar a falar de presidentes, é actualmente governado por uma mulher, Laura Chinchilla Miranda!
Com pouco mais de 4 milhões de habitantes, a Costa Rica tem as suas fontes de riqueza bem distribuídas: na agricultura, através da produção de bananas e café, para referir apenas os principais; na indústria de alta tecnologia, tendo no seu território a segunda maior fábrica do mundo da Intel; e nos serviços, através do turismo, que é já a principal fonte de receitas do país. Mas não é um turismo qualquer, é o eco-turismo. O tipo de turismo que leva o governo a recusar o aumento da produção de bananas quando tal implica a devastação de áreas florestais (mesmo que isso signifique passar para terceiro lugar como exportador de bananas na América Latina, atrás da Colômbia e do Equador). E que deu origem a mais de 160 parques e reservas naturais, num total de cerca de 25% do território protegido. Assim sendo, não há que estranhar mensagens como a que se vê abaixo...



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