24 junho 2008

Buda

Budapeste é Buda numa margem e Peste na outra. Do Danúbio, claro. Buda é a cidade velha, onde tudo começou. Foi em Buda que no século I a.C. se instalaram os romanos, na região a que chamaram Panónia, mais tarde conquistada pelos bárbaros vindos da outra margem. E foi a Buda que no século IX d.C. chegaram as 7 tribos magiares vindas de algures na Ásia, talvez dos Montes Urais, as tribos nómadas que se diz estarem na origem do orgulhoso povo magiar.
Assim sendo, é em Buda que está a cidade medieval, com o Bairro do Castelo, Património Mundial da UNESCO. Mais imperial do que seria de esperar (foi destruída pelos turcos e reconstruída pelos habsburgos), Buda não deixa de ser um encanto. O Palácio Real alberga a Galeria Nacional Húngara e o Museu da História de Budapeste. Não fui ver a primeira, com pena minha, e o segundo não me entusiasmou por aí além, mas vale pelas fotografias de Budapeste no pós 2ª Guerra Mundial. Os alemães bombardearam forte e feio antes de sair… A Igreja de Matias, com uns telhados fora do vulgar que apanhei em obras, e o Bastião dos Pescadores, com uma vista espectacular sobre Peste, também são pontos a não perder. E para quem tiver pernas para subir (Buda, ao contrário de Peste, é montanhosa), a Cidadela, um dos (muitos) espaços verdes da cidade, é obrigatória, com a sua vista espectacular não só sobre Buda mas também sobre Peste. Agora giro giro é percorrer as ruas do Bairro do Castelo e parar para descansar no Café Miró.
Curiosidade: o encontro com um casal texano no funicular para o Palácio Real. Do mais simpático que se possa imaginar, com muito sentido de humor (we're from Texas but we didn’t bring our hats, ler com sotaque cerrado), a viajar pela Europa há já mais de um mês. Uma lição para esta anti-americanista convicta, que achava que os 30% de estado-unidenses com passaporte nunca poderiam ter origem no Texas de George W. Bush…


Vista sobre Buda

Palácio Real

Bairro do Castelo

Pormenor do Bairro do Castelo

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