25 outubro 2006

Madeira e Porto Santo: as palavras (take 2)

Porto Santo é tipo paraíso na terra! A paisagem é completamente diferente da da Madeira (é mais tipo Ponta de São Lourenço). E o ambiente também. Pouca gente, poucas casas, poucos carros, pouco tudo! Parece o Algarve aqui há 30 anos. Isto segundo os meus pais, como muito bem observou uma amiga minha que me perguntou: “mas como raio é que tu sabes como é que era o Algarve há 30 anos”? Por acaso, as minhas primeiras férias até foram no Algarve, há 32 anos atrás, andava eu pelo meu primeiro mês de vida… Voltando a Porto Santo, a ilha tem cerca de 5 mil pessoas. No verão chega às 25 mil. Ou seja, quintuplica. Mas vai suportando. De tal forma que se está bem em todo o lado, especialmente na praia, que é linda de morrer e tem uma água maravilhosa. Já nos restaurantes, que não são muitos, é preciso marcar mesa. Mas também é preciso arranjar alguma coisa com que a gente se preocupe, não? Assim, a principal preocupação para quem está de férias em Porto Santo é marcar o restaurante para o jantar. Um stress! Não fosse a história do mini-bus e não sei como é que seria… Mini-bus?, perguntam vocês. Pois, é que quase todos os restaurantes têm um mini-bus que leva o pessoal de e para o hotel. Do melhor para quem, como eu, gosta de des-stressar com um bom vinho tinto…
E não posso dizer muito mais sobre Porto Santo. Para minha grande vergonha, nem sequer a volta à ilha dei! Entrei na rotina de pequeno-almoço, praia, almoço, sesta, praia, jantar, e mais não fiz. Embora tenha andado pela ilha à noite (de mini-bus, pois então!) e isso tenha sido suficiente para perceber que Porto Santo é tipo paraíso na terra, mas por pouco tempo. Estão a ser construídos dois grandes hotéis. E por mais que me digam que há um limite de camas, suportável, que não vai ser ultrapassado, eu não acredito…
Dois últimos comentários. Um sobre um dos ícones de Porto Santo, a “lambeca”: quando virem uma fila sem fim no largo principal da vila, e se gostarem de gelados, arrisquem; só não digam ao senhor que estão ali para provar a famosa “lambeca”, porque correm o risco de levar com ela na cabeça… E outro sobre alguém que estava no mesmo hotel que eu e que é uma lição sobre o saber envelhecer: Manoel de Oliveira, do alto dos seus 97 anos, com um grupo de amigos que se reunia numa mesa seguramente com mais de 1000 anos…

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