14 julho 2006

O fantástico arquipélago das Berlengas

Sexta-feira, noite dentro, em busca de uma aldeia perdida de nome Casal de Mestre Mendo, destino de duas aventureiras com noite marcada numa casa de turismo rural descoberta na Internet: Vila Berlenga. Recomenda-se, com destaque para a simpática dona (francesa) e para o acolhedor pátio interior.

Sábado, oito da manhã, tiro de partida para uma caminhada pela costa Oeste: praia da Areia Branca, forte de Paimogo, praia de S. Bernardino e praia da Consolação (nem de propósito, algumas das zonas por onde passámos foram agora interditadas por perigo de derrocada…). Quatro horas e meia a andar, com paragem para um café feito na hora numa praia deserta (os guias da Papa-Léguas têm destas coisas…) e para um almoço sui generis numa casa assombrada (a história é comprida, um casal de americanos e a morte misteriosa da filha, com festas para convidados como a Madonna à mistura…). Passagem por Peniche, cidade com pouco mais do que o forte (e a respectiva fuga do Álvaro Cunhal) como ponto de interesse, a caminho da mais famosa viagem de barco de Portugal continental. E se tem razões para ser a mais famosa!!! Não que eu enjoe, não sou dada a essas coisas, mas que mete medo, mete! Mas vale a pena!!! O cenário da chegada à ilha da Berlenga é qualquer coisa de indescritível... A ilha em si, as gaivotas, o farol, as gaivotas, o forte, as gaivotas, o ambiente… É um cenário meio fantástico… Adorei! Mesmo quando as gaivotas decidiram atacar algumas pessoas do nosso grupo, talvez por eu não ter sido uma delas… Pois é, as gaivotas não andam nada satisfeitas com o género humano. É que elas são cerca de 45 mil. E deviam ser cerca de 10 mil. E como põem três ovos três vezes ao ano, a solução encontrada para resolver o problema foi destruir ovos. Pois é… Por isso é que algumas pessoas do nosso grupo foram atacadas, porque havia ovos por perto. Mas ninguém se magoou e acabou tudo a fazer o passeio de barco pelas grutas e a deslumbrar-se com um mar de cor fluorescente. Escusado será dizer que a viagem de volta não tem nem um décimo da emoção…

Domingo, passagem por Atouguia da Baleia (onde a medieval igreja de S. Leonardo é paragem obrigatória), Cabo Carvoeiro (com uma vista para o arquipélago das Berlengas digna de registo), Baleal (aquela estrada entre duas praias é única!), Óbidos (com o melhor e o pior do turismo em massa), e Lagoa de Óbidos (onde outro road-book desactualizado voltou a atacar).
Quanto ao segredo mais bem guardado da Lagoa de Óbidos, deixo-o para um próximo post…

PS: As fotos ficam para o fim-de-semana, que já é tarde e amanhã é dia de trabalho! :-)

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