15 junho 2014

Confessar o inconfessável

Tenho que confessar o inconfessável. Nunca tinha lido Saramago. Até há uns meses atrás. Quando finalmente peguei no "Memorial do Convento". E já não fui capaz de despegar do Baltasar Sete-Sóis e da Blimunda Sete-Luas, nem do Padre Bartolomeu e da sua Passarola movida a vontades. Uma viagem a Portugal, por terra e pelo ar. Mas sobretudo, uma viagem a uma Lisboa de outros tempos. Uma Lisboa de autos-de-fé em praça pública (nunca mais vou ser capaz de olhar para o Largo de São Domingos da mesma forma...), uma Lisboa pré-terramoto, de excrementos e lixo, de cheiro a podridão. Uma Lisboa de pobreza extrema, que apesar de tudo já não conhecemos...

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