11 março 2010

Onde já vai o Dubai...

Quando cheguei ao Dubai não se falava noutra coisa se não na bolha financeira. Cá, porque lá ninguém sabia o que era a bolha financeira! Mas de facto o Dubai impressiona pela construção. Faz-me lembrar Macau, quando por lá passei. Nessa altura também me interrogava sobre o que é que eles faziam a tanto prédio. Mas havia os chineses, que eram, e ainda são, muitos. No Dubai não sei... De qualquer forma, diz-me quem lá vive que a construção, mesmo assim, já não é o que era.
Mas voltemos ao início. Quando cheguei ao Dubai fui recebida por homens de túnicas brancas e lenços na cabeça, uma imagem que tinha apenas dos livros do Tintin. E contrariamente ao que esperava (eu e os meus feminismos quando toca a países árabes...), fui muito bem recebida. O homem olha para mim, olha para o meu passaporte, volta a olhar para mim: "are you sure you were born in 1974?". Digo-lhe que sim, gaguejo, de facto a foto do passaporte é antiga, mas... Interrompe-me e diz-me que pareço muuuuuito mais nova e não é só na foto. Continua a conversa dizendo que Susana é um nome muuuuuito bonito, de origem árabe. Finalmente lá me carimba o passaporte e me deixa ir embora, impressionada com os galanteios árabes. E, durante toda a estadia, com a elegância masculina feita de túnicas, brancas ou de outras cores claras. Já as túnicas pretas das mulheres (abayas) não me convencem, mas isso é conversa para outro fórum...
O Dubai é mais do que os hotéis de 6 e 7 estrelas, a palmeira pequena e a palmeira grande, os centros comerciais gigantescos, o edifício mais alto do mundo, etc e tal. Mas também não é muito mais. Tem uma história recente, com início em 1833, data em que sai da alçada de Abu Dhabi para se tornar um protectorado britânico. Conhecido pela exportação de pérolas (mais um ponto em comum com Macau, a cidade do rio das pérolas), dá uma volta de 360 graus com a descoberta de petróleo nos anos 60. Tudo isto pode ser aprofundado no Dubai Museum, num pequeno forte situado na zona antiga da cidade, ao pé do rio. Que não tem nada a ver com a Old Town, zona construída há menos de um ano.
Mas o Dubai é mesmo é compras. Nos centros comerciais, onde para além de lojas há aquários para fazer mergulho e pistas de ski com neve a sério; ou nos souks, muito mais giros, e no famoso El Karama, mercado indiano onde há de tudo. Para quem não é fã de compras e prefere gastar dinheiro a exercitar o palato, como é o meu caso, há restaurantes para todos os preços: desde os 5 euros no mundialmente famoso restaurante paquistanês Ravi (vejam o Travel Channel!), aos 50 euros em qualquer restaurante onde se peça vinho (álcool em países muçulmanos só com licença, certo?). Falando da comidinha propriamente dita, descobri as paratas indianas e comi num restaurante marroquino o melhor couscous de borrego que já comi na vida!
Por último, a não perder, a Dubai Fountain, a maior fonte do mundo a dançar ao som de música. Independentemente das críticas (sou sensível à crítica ambiental, confesso), é um espectáculo bonito. E arrepia ao som de Andrea Bocelli...

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