10 fevereiro 2007

Antes do Brasil, Espanha (III)

Toledo, mais uma cidade onde não é aconselhável entrar no centro de carro, nomeadamente de jipe. Embora até o stress das ruas estreitas passe despercebido ao pé da luz de fim de tarde nos edifícios ocre da cidade. Vale a pena chegar a Toledo com o sol rasteiro. A sério! A Catedral, já de si imponente, fica qualquer coisa de espectacular. E o resto da cidade ganha um encanto que eu já não lhe vi no dia seguinte. Não porque não seja uma cidade bonita. É. Labiríntica quanto baste. Ideal para passear quilómetros e quilómetros por ruas desertas à noite até perceber que sem mapa não há regresso possível... Mas não tem o encanto de Cuenca. E não é o paladar a falar! Toledo é a capital do mazapán, coisa doce que eu, que não sou moça dada a doces, adorei. Para além de ser digno de registo o restaurante La Abadía, onde quase fomos às lágrimas com um presunto com azeite, orégãos e amendoins, seguido de uma alcachofra com bacalhau muito fora do vulgar. E para acabar com o tema comida, se forem a Toledo não deixem de trazer um queijo manchego, que a zona é dele e duvido que haja melhor. Mas não vão às lojas do centro! Vão ao mercado central, ali ao pé da Plaza Mayor (a primeira Plaza Mayor que eu vi sem dimensão e, consequentemente, sem projecção) e comprem na primeira banca de queijos e enchidos que vos aparecer à direita. Se estiver lá um senhor simpático, perguntem. Vão ver que ficam a saber tudo sobre queijos espanhóis...
Uma dica, visitem a Casa Victor Macho. Fez esculturas por toda a América Latina, nomeadamente no Perú, onde viveu muitos anos. E as esculturas dele são bem mais giras do que os quadros com motivos religiosos do famoso El Greco. Opinião pessoal de ateia, claro! Por último, aproveitem para tirar fotografias com os D. Quixotes espalhados pela cidade, de toda a forma e feitio. É preciso é levar os olhos bem abertos para dar com eles...


A Catedral

A tal luz de fim de tarde

E vista de Toledo

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