Bilbao, cidade situada na base de um vale, é agradavelmente surpreendente quando se chega da montanha. E ao
contrário do que ouvi dizer ("Bilbao? Não tem nada que ver para além do
Guggenheim!"), é uma agradável surpresa, passe a repetição...
Capital de uma das
três províncias do País Basco, de seu nome Biscaia (as outras são Álava, capital Vitoria, e Guipúzcoa, capital San Sebastián), a cidade tem cerca de 350 mil habitantes. De carácter marcadamente industrial, e por isso apelidada de Cidade do Ferro, é hoje reconhecida
pela arquitectura moderna, para o que muito contribuiu o Museu Guggenheim, inaugurado
em 1997 e que trouxe uma lufada de ar fresco no que toca ao turismo.
De facto, a arquitectura moderna chama a atenção. Ao longo
de uma ria, a ria de Nervión, destacam-se não só o famoso edifício de Frank Gehry mas também a Ponte das Universidades, de Santiago
Calatrava (para não falar das estações de metro, de Norman Foster, longe das margens da ria). O passeio ao longo da ria é aliás das coisas mais bonitas que a
cidade tem, mesmo debaixo de chuva torrencial!
Quanto ao
Guggenheim, impressiona mais pelo edifício do que pela colecção. Não que a
colecção de arte moderna não tenha peças impressionantes, tem. Mas porque o
edifício, esse sim, impressiona. Tal como o Guggenheim de Nova Iorque, marca
pela diferença. Pelos materiais, titânio e vidro, pelas formas, onduladas,
pelas peças exteriores, uma aranha a juntar ao famoso cão (que há quem diga que é um urso!), pelo
ambiente em torno...
Museu Guggenheim
Um cão ou um urso?
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