A terceira etapa na minha viagem à Costa Rica foi o Parque Nacional Manuel Antonio. É o parque mais pequeno do país, mas é também o mais famoso. Porquê? Não me perguntem, porque foi das etapas menos entusiasmantes da viagem... Ok, as praias são bonitas (embora de areia preta). Ok, o parque concentra muitos animais num espaço pequeno (incluindo a famosa preguiça). Mas foi o sítio mais turístico e com menos coisas boas (e baratas!) que encontrei. E foi o sítio onde foi mais difícil dormir, com uma discoteca (ladies night!) no próprio hotel.
Isto para não falar do "esquema para apanhar turistas", que me tirou completamente do sério! Dei por mim quase aos berros com um costa-ricense... Imaginem que vão de carro à procura da entrada do parque. Imaginem que dois homens fardados vos mandam parar na estrada e estacionar, como se o trânsito fosse proibido a partir dali. Imaginem que quando vos apanham fora do carro vos dizem que a entrada do parque é ali, sim, e que se querem visitar o parque vai sair um grupo dentro de 10 minutos. Imaginem que quando dizem que não estão numa de excursões, vos respondem que o parque não se pode visitar sem ser em grupo. Imaginem que quando finalmente percebem o "esquema" e se voltam a meter no carro, vos insultam com coisas do género "deixa-as, têm a mania que são espertas, deixa-as ser assaltadas". Agora imaginem esta que vos escreve a bater com a porta do carro e a arrancar furiosamente!
Escusado será dizer que a entrada do parque era mais à frente e que bastava pagar o bilhete para entrar por nossa própria conta e risco. Sim, que o risco era grande! Para além das já referidas preguiças, de macacos com fartura, de capivaras em ponto pequeno, e de lagartos jurássicos, o parque é habitado por quatis (pizotes em espanhol) particularmente perigosos. Se não estivermos atentos aos nossos sacos, tudo pode desaparecer de lá de dentro! De um descaramento a toda a prova...