Peste
Na outra margem, Peste. Onde tudo acontece. Onde estão os monumentos mais recentes, as grandes praças e as avenidas largas, o trânsito, as lojas, as pessoas, os cães (Budapeste é uma cidade de cães, ao contrário de tantas outras cidades de gatos, como Istambul ou Roma). A não perder: o Parlamento Húngaro, onde não se consegue entrar, tais as filas à porta (e Junho não é época alta!); a Basílica de Santo Estevão, onde se pode ver a mão mumificada do dito (nada comparado com a nossa Capela dos Ossos!); a Grande Sinagoga, a maior da Europa; e o Bairro Judaico, bastante degradado. A propósito de judeus, os húngaros colaboraram com os nazis, tendo denunciado e enviado para campos de concentração um número considerável de judeus no espaço de duas semanas. Ao que parece, e ao contrário dos alemães, ainda não se reconciliaram com esse período negro da sua história...
Mas voltando a Peste, a não perder também a Váci Utca, a Rua Augusta budapestina. E, sobretudo, a não perder o Mercado Central onde ela desemboca. Linhos e casacos de lã, paprika (muita paprika, doce, picante, para todos os gostos!) e tokaji (lê-se tókai), um vinho tipicamente húngaro, licoroso, feito através da adição de uvas podres (soa mal, mas sabe bem!). E jogos, muitos jogos. Sabiam que o Rubik era húngaro? Rubik??? Vá lá, a sério que não vos diz nada? Então, geração de 70? O Rubik foi o criador do cubo mágico!!! Escusado será dizer que comprei um. Onde raio terá ido parar o meu? Só encontro os estrumpfes...
Curiosidade: Budapeste foi a primeira cidade da Europa Continental (ou seja, a primeira depois de Londres) a ter metro. E algumas estações, as primeiras, ainda hoje se mantêm como há cerca de 100 anos atrás, verdadeiramente liliputianas!
Pormenor do Bairro Judaico
Tocador de "copos" na Váci Utca
Casacos de lã à venda